Luiza Castro

SubsistĂȘncia

ainda tenho as borboletas,
as mesmas daquele dia,
quando escutei a sua voz —
a mais linda melodia.

elas estão no meu estômago,
eu até queria soltá-las,
mas elas não vão embora
para a metamorfose libertá-las.

ainda tenho as borboletas,
mas elas estão adormecidas,
estão em um profundo sono,
procurando uma nova saída.