A sala estava repleta de poetas.
-Mas por qual objetivo?
Sei lá, acho que para se debater.
A autonomia de voo dos anjos.
Foi quando o caldo engrossou.
Pois acabando se as bolachas e o bule de chá amargo se desfiando
Pois afinal, qual o poeta ou poetisa, que não gosta de chá amargoso e bolachas repassadas.
E foi, feito um faz de conta que no fundo bem verdadeiro.
Quando um jornalista, chamou um poeta no canto e de praxe perguntou.
_ Meu nobre venerável, responda me sem pensar.
Poetas, gostam ou não de ler, pois de escrever nem preciso perguntar?
O burburinho foi geral, assim como que uma bomba de fumaça tivesse caído bem no meio do vespeiro
O entrevistado, torceu o nariz, colocou um sorriso irônico no canto da boca, pegando um palito para tirar um pedaço de bolacha preso a dentadura e respondeu.
_ Estais me chamando de preguiçoso, aquele que escreve e não lê o que escreveu, para não bater de frente com os erros.
Mesmo sabedor que a escrita e emprestada, pois a nossa nos foi renegada.
Antes que o quadro fosse rasgado, tratei de pegar o microfone e declamar o meu texto.
Pois farinha pouca e caldo de galinha, não faz mau a ninguém.
Eu. Sou.
Tudo que a vida quis.
E o destino com raiva.
Não encontrando a razão de me sufocar.
Passou a ser.
Um inverso vazio.
Na contra mão de um indeciso.
Tornando me um solitário.
Um esfomeado de carinho.
De pires a mão implorando.
Para que as pedras não mudassem de lugar.
_ Ué, o que tem a ver as pedras, com a sua dissertação?
Perguntou um poeta gordinho e de barbichas.
Retruquei.
Muito bom, o atropelamento e a pergunta.
As pedras.
Rogo que não saiam do lugar.
Por que se não.
Não teria razão nenhuma o se contornar.
Acontece não só com poetas. mas com as melhores famílias.
Quando se puxam as brasas para suas sardinhas.
E como mais nada foi dito.
Assino e dou fé.
JT