Asas da noite, queimadas pelo sol nascente
Tentou voar muito, para no fim descobrir que é apenas pó
Tragado pelo oceano, como um barco sem vela
Foi assim que me senti, foi assim que menti para mim
Fechei os olhos, para esconder coisas que não queria ver
Agora, vendo elas de novo, não há o que sentir
E os olhos do julgamento são mais pesados do que imagina
Não resta correr, não resta culpar, apenas se responsabilizar
Sem adeus, as coisas desaparecem apenas com o seu olhar
Negue a si, transformando sua areia em carvalho molhado
Coníferas, várias delas ao nosso redor
Com neve densa, você consegue ver os seus fantasmas?
Minha temperatura está baixa, enquanto meus olhos continuam escuros
Fui cego, pela ganância e egoísmo, agora não sei como remendar os pedaços
Mostre a face, não mostre, mostre a face, não mostre
Hipotermia, seus pensamentos são mais gelados do que se acha
E não havia alguém lá, enquanto se partia novamente o coração
Suas lágrimas sumiram, restando apenas a culpa dormente
Não é para ser dramático, apenas assintomático
Deixe fluir, deixe voar, deveria parar de cavar o seu passado...