Raquel Ordones

Da alma

Olhando daqui, campos e suavidade.

Maturidade toma conta, verdejante.

Viajante meu eu por toda a diversidade,

Há felicidade no canto; saltitante.

 

O semblante lhe revela, não tem vazio,

O rio deita, a água corre; vai-se embora,

Agora é vida, amanhã é desvario.

Sem pio de respiração dias afora.

 

E penhora o viver sentando no futuro,

Um muro suspenso dentre real e sonho

Ponho-me a pensar: o porvir é um escuro!

 

Procuro; entendo nada, tudo é medonho.

Exponho-me num delírio; dei grande furo.

Imaturo eu; alma é intocável: suponho...

 

Raquel Ordones #ordonismo #raqueleie