Areia molhada no rosto, tudo escorrendo
Não nasci em berço de ouro, nem em uma lata de lixo
E nas costas eu carrego um fardo, muito pesado e único para cada um
Aos que muito receberam, muito será cobrado
E eu estive perdendo minha mente com besteiras
Me preocupando com pessoas sem sentido
Murmurando palavras para os meus fantasmas escutarem
Então deixei o meu coração respirar, nunca me senti completo
Olhe para o vazio, deixe toda a dor subir
Igual violino em guerra, o bonito que se transforma em choro
Mas eu ainda consigo olhar para cima
E eu vejo, o que vejo? Eu vejo alguém olhando para mim, sorrindo com carinho
E eu escutei as lágrimas, escutei todo o ódio
Com minhas feridas cheias de insegurança
Fedendo a fraqueza, mas ainda sim com certa humildade
Se você separar os meus ossos, carne e alma, verá que tudo se completa
Então eu vou em frente, transformando as cinzas em campos
Eu ainda vejo o seu rosto, e fico observando no silêncio
Porque eu reconheço o que sou, sempre tive ciência de mim mesmo...