Sinto o sangue queimar dentro de mim,
E entro numa colisão com as noites vagas!
Depois é o silêncio absoluto que ouço,
E vejo-te na mente, tão plácida.
É minha alma chamando-te,
Querendo mudar o meu destino.
Mas reluto, por vez, não entrego-me,
No entanto, teu sorriso é a lua brilhando,
E meu medo, então vem, e verdadeiramente me puni.
Tua fala, surge perpétua em meus sonhos,
Despertando algo que não evito.
Meteoricamente, cada vibração,
É tão convidativo, e perco facilmente, minha intuição.
Olhe em meu olhos como eu nos seus!
Diga-me se foste cultivada em terras santas?!
Porque não descubro tuas reais origens,
Mas é melhor assim, do que romper-te o véu.
Deixe-me ver-te sob tua pele,
E encharcar-me no que faz-te luz.
Para encarcerado, ficar-me destinado,
A renascer pelo tecido oculto de seus lábios,
Enquanto demonstras o que é-lhe inexplicável.
O anagrama que forma outra palavras,
E coloca-me a enxergar-te num breve momento.
Este, que é a ternura de admira-te á minha porta,
Linda, linda, como outras épocas que devora-me.
A força e o prazer de ser sua substância,
Para que no fim, possa-me até merecer-te e,
Não sendo suficiente escrever-te assim,
Vou passando a ansiar por mais algum tempo contigo.
Pois de senhorita te fizeste tão plena de mulher,
A qual, de suas madeixas, vou-me sendo, bem mais que qualquer um.
Poema n.3.246/ n.117 de 2025.