Sinta navalha passando no seu rosto
Cada corte na sua pele, cada fragmento de dor
A coroa sangrenta, a viabilidade caída, a diplomacia quebrada
Eu sinto ela nos meus braços, mas, ela nunca vai me pertencer
Acostumado a deixar as coisas irem embora
Resolvi crucificar os meus sonhos e deixar eles na parede
Cada vidro quebrado, é um caco do meu rosto
Estive me virando sozinho, vomitando sozinho, andando sozinho, vivo assim
Olhe para trás, vejo as cinzas que deixei
As espadas que quebrei, a mortalha que retirei do pescoço
E eu neguei infinitas vezes, todos os meus erros
E aqui estamos de novo com o reflexo no espelho
Nunca me conheceu, somente a superfície que deixei ver
Não confio, não me sinto seguro
Um lobo cheio de cicatrizes no rosto
Estive sempre buscando pela presa, pela minha presa
Aos que ficaram, aos que foram, somente um nome na lápide
E meus olhos não mudam, depois de tantos pesadelos
Me mostre a minha verdadeira face, quem é? Quem?...