No silêncio da noite, teu nome ecoa
Como um grito afogado no peito
Teus olhos, que um dia foram abrigo
Hoje são lembrança em tom desfeito
Caminho entre sombras e memórias
Com passos que não sabem voltar
O mundo gira, indiferente à dor
E eu finjo saber respirar
Disfarço sorrisos em rostos alheios
Coleciono ausências em cada olhar
Mas há um fio tênue que me segura
Um sussurro que insiste em me chamar
“Não morra”, diz a voz que resta
Mesmo quando tudo quer partir
Há beleza no quebrado, no torto
Há razão, mesmo sem porvir
Se eu cair, que seja em poesia
Se eu chorar, que seja em flor
Pois viver é um ato de coragem
E amar, mesmo na dor, é amor
By Lunix.L