A tinta vermelha
Que caminha dentro dos túneis de carne
Dentro de ti, que te dá vida
Evapora e leva junto
Cada partícula essencial
Que lhe dá vida
Enquanto a tinta
Escurecida sobre o papel
Lhe mantém viva
Usei da tinta da caneta
Para contar ao mundo
E lembrá-los de como suas
Gentilezas incidiram sobre mim
Como chuva do sol
Purificando minha existência
De tudo que não me pertence
E me trazendo perto de tudo
Que me pertence
Escrevi seu nome várias vezes
Para que ele seja dito por
Milhares de pessoas
Escrevi sobre o quão bela és
Para pintar um retrato na mente
De todos, retratei tantas vezes a sua voz
Para ela ser lida tal qual partitura de música
Tirei cada lembrança da sua
Existência que habitava meus sonhos
Trouxe para a realidade a fim de te tornar eterna
Mesmo que após a sua partida, o seu contato
Com os outros não seja mais tangível
Do que um sonho