Bastaria uma palavra,
Um gesto,
A mão de amigo estendida,
E eu me teria entregue
De corpo e alma
A tão sublime afeto!
Tu não o fizeste.
E hoje me volves o rosto,
E me imploras perdão,
E retornas cabisbaixo
Ao nosso teto!...
Entra, filho.A casa é tua!
Vi que nada achaste na rua!...
Repara, na face desta tua velha,
Serena agora!
Acredita, a mãe não perde
O filho que se vai embora!...
Ela o tem no coração!
Tu não perdeste não !...
Mas se voltas em busca
Da riqueza
Que não te pude oferecer,
Ledo engano teu!
Continuo pobre como antes.
Se entretanto, voltas arrependido,
Ocupa teu lugar na mesa,
E não te esqueças, filho querido,
Do meu coração, nunca partiste!