Eliane Violett

Gaiola Invisível

Dentro de mim há um vazio,
um pássaro preso, sem voz, sem ninho.
Minha mente voa além do corpo,
meus sonhos não têm final,
apenas silêncio, apenas o hoje.

Canto canções que só a tristeza ouve,
melodias que me tocam sem nome.
Não sinto falta de ninguém,
mas anseio por lugares que nunca vi,
por um futuro que me chama e não sei definir.

Sou gaiola e sou voo contido,
sou desejo e prisão no mesmo abrigo.
Minha alma pede libertação,
e na imaginação encontro refúgio,
esperando o dia em que possa voar.