Ainda pulsa em mim um vulcão noturno
como um astro devorando o peito
em lábios sedentes de chamas
e mãos que são punhais de desejos
Não sou mais tão jovem
mas ainda sou labareda
aprisionada sob quilos de carne
amarrotada de tantos de calendários
É no sopro da tua boca que me incendeio
e o mundo inteiro desaparece num só beijo