Sob o esplendor das estrelas, ela repousa,
os olhos voltados ao infinito,
como quem busca no céu respostas
que apenas a alma compreende.
Seus cabelos, fios dourados de aurora,
guardam a luz do próprio sol nascente,
e quando o vento os toca,
é como se a manhã soprasse sobre as estrelas.
Mas sua verdadeira beleza floresce dentro
uma criança oculta, viva e curiosa,
que se maravilha com cada astro,
como se cada cintilar fosse um segredo
revelado apenas a ela.
Há nela um mistério profundo,
como um buraco negro que não devora,
mas, ao contrário, atrai suavemente
e revela tesouros escondidos
a pureza de sua alma,
a ternura de seus sonhos,
a esperança que nela insiste em nascer.
É delicada como poeira de cometa,
forte como a esperança que move mundos,
um coração que brilha no silêncio,
mais eterno que qualquer galáxia.
Pois nela, o universo encontra um reflexo raro
a beleza que não se mede pelos olhos,
mas pela força luminosa
que até a escuridão tenta desvendar.
VEGA LIRA