Teus olhos, guardiões de códices maias,
brilham sob lentes de sacerdotisa eterna,
és escriba do tempo, senhora dos eclipses,
decifrando com tua mente os enigmas da carne.
Na selva dos teus cabelos negros me perco,
cada espiral é raiz de jaguar escondido,
e teu olhar, feito lâmina de jade,
rasga em silêncio o véu do meu desejo.
Só então teus seios erguem-se como pirâmides de Ixchel,
templos de fertilidade onde a devoção se curva,
duas montanhas sagradas, oráculo da luxúria,
onde minha boca renasce em oferenda.