Às Torres Gêmeas
Claudio Gia, Macau RN, 11/09/2025
Jamais sonhou o gigante de aço, Nação que empunha o mais forte armamento, Que o seu setembro,em seu próprio espaço, Seria um dia de lento tormento.
Um sol de primavera, céu sem defeito, Rachou de repente em fogo e ardência. O mundo inteiro,incrédulo, desfeito, Viu o símbolo ruir da sua potência.
O orgulho ferido, a defesa falhada, No vivo espetáculo do horror consumado. Uma ferida aberta,uma mancha eternizada, No coração do que era tão blindado.
Onze de setembro, data gravada a frio, Um paradoxo de força e quebra abrupta. O planeta calou seu próprio brio, Perante a queda da torre mais alta.
O que se ergue no chão de ferro e pranto? Que lição no céu de fumo foi escrita? O gigante se curva com seu pranto, Perante a dor que do céu foi maldita.