Brunna Keila

Linha Tênue Entre o Silêncio e o Barulho.

“Linha Tênue Entre o Silêncio e o Barulho.”

 

Tem uma linha invisível que separa o silêncio do barulho.

Tão fina que, às vezes, nem sabemos em qual lado estamos.

O silêncio pode ser paz, mas também pode ser ausência.

É no silêncio que a alma se acalma, mas também é nele que a falta grita alto.

Pode ser o abraço de Deus ou o vazio que assusta.

O barulho por sua vez, pode ser vida: risos, música, a voz de quem amamos.

Mas também pode ser excesso, confusão, ruídos que abafam o que o coração e a garganta querem dizer.

Pode até preencher, mas também sufocar…

Entre ambos, existe uma fronteira frágil: o ponto onde o silêncio se torna oração, e o barulho se transforma em companhia.

O ponto onde ambos deixam de ser extremos e passam a ser complementos.

Porque viver é aprender a ouvir o silêncio.

Para Freud, o silêncio é um convite à escuta da própria alma, e o barulho é uma defesa contra essa escuta.

Enfrentamos o que há dentro de nós ou continuamos a distrair o que nos dói?