O poder é um espelho frágil,
uma miragem que nos convence da força.
Acreditamos que decidimos os rumos,
que cada gesto ao redor
é fruto da nossa vontade.
Mas é só farsa, doce armadilha:
o controle que julgamos segurar
não passa de uma fuga —
um véu sobre a realidade crua,
onde a dor insiste em existir.
E no fundo, a crença no controle
é a mais pura falta de controle.
É abraçar a perdição com as próprias mãos,
é vestir o conforto da mentira
para não encarar
a verdade que arde e nos desnuda.