Seus olhos são verdes,
Não apenas verdes,
São florestas escondidas em silêncio,
Em uma só íris
Tem folhas pairando sobre o vento,
Calmaria constante
E seu olhar que é hipnotizante
As vezes me pego pensando em seus olhos,
Me perco neles,
Na sua imensidão de sentimentos,
Na calmaria das árvores balançando com o vento,
No brilho do que me fascina,
Nos olhos que sempre são iluminados na minha vida
Me perco no seu olhar,
Se for o paraíso não quero me encontrar,
Pois apenas com um olhar,
Meu mundo há de não se preocupar
Tento nos seus olhos me encontrar,
Por mais que seja difícil me achar,
Ah, como fui me apaixonar?
Por que para mim não pode olhar?
Teus olhos me penetram,
Me atravessam,
Me desarmam sobre qualquer coisa,
Tiram meu chão,
Aceleram meu coração
E tudo o que eu escondo,
A confusão dos meus sentimentos,
São demonstrados
Neles encontro abrigo,
Mesmo que não me queiram,
Seu olhar é mais belo do que os pássaros que cantam,
Me transmitem calma,
Assim, aquecem a minha alma
Em tempos seus olhos são cruéis,
Me revivem ilusões,
Me mostram coisas que criei sozinha,
E num silêncio constante, me fazem questionar:
\"Por que por mim não podem se encantar?\"
Ainda sim,
Não posso escapar,
Nem deixar de lembrar
Do brilho do teu olhar,
Seus olhos são como luz e sombra,
Onde me aquecem e ferem,
Me fazem acreditar e duvidar
No teu olhar...
Encontro a calmaria,
A luz do meu dia,
O motivo da minha alegria,
Um lugar onde não apenas são luz e cores criadas pela retina
E onde até o silêncio
Se transforma em poesia