Gemendo teu nome, meus lábios buscam o cálice da tua pele,
onde teus seios, dois frutos em plena oferenda, se erguem altivos;
as curvas, tão exuberantes, ondulam como volutas de marfim,
e neles encontro o templo secreto da voluptuosidade,
pois cada auréola se torna rubi aceso,
e cada estremecimento teu, um bordado de luxúria divina.
Tomo-os em minhas mãos como quem profana relíquias sagradas,
a boca se curva em beijos que mordem, que imploram e que vencem;
teu busto se agita como fonte de leite e fogo,
e em cada gemido teu nome se mistura ao meu gozo;
assim, entre os teus seios, resplandece o império da carne,
e meu desejo se coroa na liturgia lasciva do Rococó.