Laivo escarlate

Pétalas de rosas

 

> Não quero mais essa sinestesia comum  
> só quero encontrar  
> e poder decifrar  
> A minha própria antropologia  
>
> Porque se é nos filmes de ação que bem sempre vence  
> É na vida real que ele sempre sofre, se ferra, se perde e começa tudo outra vez  

>
> E se é nos filmes de terror que mal sempre vence  
> É na vida real que ele  
> De papel e caneta em mãos decreta  
> Pelos poderes majoritários do Estado
>Que o pobre será roubado  

> E o menino com fome e de pé descalço  
> Morrerá com o descaso sendo negado  
>
> Folhas e flores caem em meu jardim  
> Não porque querem  
> Mas porque tem que ser assim  
> É tudo que sobra são galhos  
> Secos e mórbidos  
> Que permanecem sempre  
> Como fantasmas  
> à assombrar meu jardim  

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