Nunca foi tarde
nunca se acabou
marreta e bigorna
suor que se moldou
calendário, sempre lento
grãos sempre contados
um único eufórico
em segundos esgotado
Fração sempre presente
sobre a mesa anotada
esperado sempre pouco
desonra-se o combinado
Segue em frente, silêncio
cada ciclo: nova promessa
A esperança, já com óculos
não desiste, tão modesta
Novas vozes no coral
surgirão com o tempo
repertório, sempre o mesmo
nunca muda o andamento
Os atores protagonizam
em maioria, pele escura
Com marreta e bigorna
a cantilena continua