Eu vou sair daqui
Arrancar esse nó da garganta
Ele que se enrosque em outra coisa
Vou parar nesses rios
Nesse vazio mórbido
Eu que queria deitar e deixar levar
Que queria apodrecer
Aqui mesmo,
Ver o corpo derreter
Unir-me ao chão, indistinguível
Finalmente fértil.
Podem flores pálidas
Agora nascer de mim?
Queria ser a pessoa que eu quero ser
Voluptuosa a verdade
Que vejo só em miragens,
As que escondi, reprimi
Maldita seja a carne,
Amaldiçoados sejam os vermes,
Os que estão em mim
Vou me levantar daqui
Odiando um corpo meu
Abominando uma mente minha
Me enroscando pelos cantos