É o afinar dos teus olhos que revela o nascer do sorriso
A boca que reluz, anunciando a suculência
Mãos trêmulas que relevam o desejo
Doce dama à qual não fujo e não enfrento
Amo-te no silêncio, no escuro onde fica o caldeirão da esperança
Meu olhar te abraça como a brisa
Que sente, aprecia, degusta e se esconde.
Prefiro amar-te em perfeição distante
Do que enlouquecer por poder lhe ter, a risco de perder
Como perder, se não me deixo ter o risco de ganhar?
Arthur de Mello Noos