As dores não nos tornam monstros,
apenas nos lembram
que até os corações mais puros podem sangrar.
No silêncio da noite,
uma lágrima escorre sem culpa,
como chuva que lava a alma
e deixa marcas que ninguém vê.
Cada cicatriz é um mapa
de tudo que sentimos,
de tudo que resistimos,
de tudo que ainda somos.
E mesmo sangrando,
o coração insiste em bater,
em se abrir,
em acreditar que a beleza existe
mesmo onde a dor deixou seu rastro.