Ele chegou como cena final
de um filme dos anos dois mil —
olhar calmo, quase clichê,
mas me fez sentir tudo aquilo.
Eu, bagunça de roteiro cortado,
ele, silêncio de pôr do sol.
Sou Marvel em caos e trovão,
ele é DC — sombrio, mas farol.
Enquanto escrevo cartas ao futuro,
ele vive entre capas e luz baixa.
Eu, escondida como cena extra,
esperando que ele me encaixa.
Não sei o que ele viu em mim,
sou janela trancada, sempre adiada.
Mas ele parou… me olhou devagar,
como se fosse a cena mais esperada.
Meu coração é cidade em ruínas,
mas oro pra que ele seja o herói —
não o que salva tudo com pressa,
mas o que fica… mesmo depois.