No meio da roda, o garrafão ficava,
espaço pequeno que o medo abraçava.
Quem entrava lá dentro, sentia o silêncio,
esperando o momento, o sinal, o começo.
“Garrafão, garrafão, quem vai pegar?”
O coração batia, difícil segurar.
Mas quem escapava, sorria de leve,
sabendo que a coragem era breve.
Era pular, correr, se esconder, brincar,
naquele canto onde ninguém podia pegar.
Um abrigo que o tempo nunca levou,
guardado na alma, onde ninguém roubou.
Hoje, se fecho os olhos e volto a brincar,
vejo o garrafão a me esperar.
Um lugar simples, mas cheio de história,
onde a infância foi feita de glória.
25 ago 2025 (12:26)