As poesias têm asas.
Depois de concebidas e criadas, voam.
Não se sabe para onde vão;
em cada território onde pousam,
tomam novas formas.
O poeta as vê
com as mesmas aparências,
com o mesmo sentido,
mas as poesias são mutantes.
Em cada terra fértil onde se instalam,
tudo muda:
sua métrica,
seu compasso,
sua cor.
As poesias têm infinitas formas,
mas o poeta,
com apenas uma,
as criou.