Uma cortina branca, transparente,
Tenta através de suas rendas
O sol não deixar entrar,
Tenta esconder as maravilhas do mundo
Tenta os sonhos d\' um ser adormecido
Sufocar, que pesadelo!
Cortina que se abre, rendas espalham - se,
Por um instante, o sol cega seus ideais,
Mais o horizonte ressurge
Mostrando - se solidário, no despertar da aurora.
Raios solares começam a se expandir, por trás da serra,
Que beleza! Quanta natureza!
Campo verde, cheiro de mato
Ar puro, brisa batizando o rosto,
Sonhos galopando a imensidão serrana
No lombo dos cavalos!
Liberdade, serra afora,
Um grito espalhado no ar
Leva vento, vento leva,
Esse desabafo de amor!
Corre, percorre, corre ...
Atravessa rios, montanhas, oceanos
O mundo... mas volta;
Volta pr\'a imensidão serrana
Pois aqui é o seu lugar de sonhar!