E aquela cama de casal já não tem meu cheiro
E como sinto falta dela,
Aquela pele lisa tatuada
Toda desenhada
Pelos Deuses que sentem inveja,
Do que faço nela,
Inveja das marcas e doloridos das nossas noites.
O doce da sua boca com a rudeza do meu coração
E nossos corpos se desenrolando
Na melodia que as belas madrugadas fazem
E seu cabelo encaracolado, seu sorriso sapeca
Areia movediça pequena.
Pois é marrenta, tua cama de casal não tem mais meu cheiro.
Até achei que devia durar, por seu esforço em me agradar.
E como pensei errado quando disse que pra outro queria dar.
Mas que bom que foi assim, só boas lembranças
Aquelas noites derramando suor e gemidos, risos, abrigo e mais...
Por que naquela cama me senti em paz
Com teu corpo no meu...
Éramos um casal naquela cama.