Felippe Santos

Mistérios da Pátria Amada

MISTÉRIOS DA PÁTRIA AMADA 

(Autor: Felippe Santos )

 


No silêncio que fala na floresta 

Corre no vento uma leve risada 

Voa no galho, some na neblina

Fuma um segredo em seu cachimbo

Deixando um redemoinho no alto da colina. 

 

Num rio calado, vibra um canto

Doce e fundo como um pranto 

Brilha no espelho da água, 

e arrasta os apegados.

Tem olhos de estrela, voz de luar e penteia os fios da solidão

 

 

Há pés que não seguem o fluxo certo, 

Há leis que não podem passar. 

O guardião do verde está disperso, 

Não gosta de quem vem visitar. 

 

Nas festas há quem apareça elegante, 

Com voz encantada e sorriso constante.

Nas palavras um doce engano,

Ama rápido e some num instante. 

 

No coração da mata mais densa,

Monta no lombo do bicho do mato

Com ele caçador vira fato, 

De história que o mato diz. 

 

E quem são esses seres do breu?

Do canto da sombra da história de muita gente. 

Não tem cara, não tem voz

Mas é falado entre a gente.