Aysú

Lágrima

Quando os meus lábios  se cerram e incapacitam as palavras de serem ditas

As emoções  não consigo dominar

Quando o medo vem encontrar-me

A saudade Afligir meu ser

Quando surpreende - me a decepção 

O arrependimento contundir o meu coração 

Quando a possibilidade  de ter é  reprimida pela circunstância

Quando a felicidade vem regar o meu jardim, desabrochando os botões  e ressuscitando as mortas flores

E o amor em meu peito habitar

Ela vem ... e inesperadamente 

Cai cautelosa de meu olhar

Não  se importa  com o espaço e olhos que a julga, gestos que a condena

Toma-me de uma forma tão  voraz

Que já ébria  não  existo, transformo -me em sentimento 

Embriagadas, minhas pálpebras fadigam-se

Porém  ela insiste  em transparecer

Toda quimera e realidade do momento 

Cabalística, ela se torna em minha face

Impoluta, expressa sincera aquilo que doutra forma jamais conseguiria.