O dia amanhece devagar,
o frio pousa sobre as casas
como um cobertor discreto.
As árvores conversam com o vento,
seus galhos desenham
histórias no ar.
A rua vazia respira calma,
e até o tempo parece cansado,
deita-se sobre as horas,
deixando que tudo seja agora.
No meio dessa quietude,
o coração aprende a escutar
o simples:
o canto de um pássaro,
o cheiro de café,
a leveza de existir
sem pressa.