Antonio Luiz

Quando um vento se deixa apanhar

na suavidade de seu tenro peitinho

montou uma despretensiosa arapuca

de gravetos de ternura e inocente laço

 

à sombra dum broto das suas vontades

eu me deixei apanhar tal fosse o vento

que se enfia num saco de liberdades

 

eram fecundas as sentimentalidades

ali ensaiava meus beijos em todo canto

e beijava até as palmas de minhas mãos

 

e nada era engodo - havia somente luz

e um ritmo de olhos azuis se abrindo

a base de tempo das horas sem fim

 

-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 22/08/25 –