simone carvalho dos Santos

Os que chegam em silĂȘncio

Alguns chegam como tempestade, rompem portas, ferem cicatrizes...

Outros, porém, se aproximam em silêncio, entram devagar como quem respeita as feridas.

 

Chegam em silêncio, não por falta de voz, mas por respeito ao que ainda dói.

Não exigem espaço, são presença que conforta...

são amor que se oferece sem prender.

 

Trazem nos gestos a cura discreta,

na escuta calma o maior afeto.

São brisas que acariciam a pele,

luas que iluminam a escuridão.

 

A eles, minha eterna gratidão...

porque me ensinaram que a maior delicadeza do amor é

saber entrar sem ferir...

e permanecer sem prender.