Não sei escrever.
As palavras me escapam,
como o sentido de tudo.
Dizem que o poeta
colhe beleza no caos,
mas eu só vejo ruína.
A vida aperta devagar,
como um nó que finge afeto.
A arte?
Um alívio disfarçado,
injeção que alucina, te salva
e às vezes, te mata.