No quarto em penumbra, a chama se acende,
despem-se os corpos em lenta oferenda;
seus lábios colhem o néctar em brasa,
gemido é canto, desejo é renda.
A língua navega em rio proibido,
ergue-se o corpo em maré de prazer;
na pele incandescem os rastros do gozo,
na carne se grava o querer e o viver.
E quando ela, altiva, o toma em cavalo,
ritma a dança de luxúria e tormento;
o quarto se enche de arfar e gemido,
culmina em clímax o divino momento.