O sereno desta noite, repousada de inverno
Faz-me sentir o frio que ressurgiu agora
Em meu poetizar tão ressentido, é eterno
No qual as marcas me extinguem toda hora
O medo do insucesso na conquista é dissipado
Pois, já que o meu acaso impossível é mutável
Ele se colore sagaz nesse meu sonho alado
Moldando as conjunturas para o que for palpável
E as matrizes da minha vida encobrem-se, bem lento
Com o orvalho desses desejos que me impelem
Nas manhãs desanuviadas, vale-me o momento
Meus olhos não são apenas o que suas órbitas descrevem
São os portais da fantasia pelos quais eu me reinvento
Sou o renascimento da sorte e sabedoria que me seguem