Na roda a mão bate, segue o compasso,
um jogo antigo, um suave abraço.
“Escravos de Jó, jogavam no tabuleiro...”
e o som das palmas vira o caminho inteiro.
Dedos que correm, se entrelaçam e soltam,
num passo ritmado que a gente não volta.
Era riso, era arte, era pura amizade,
um laço invisível de cumplicidade.
A cada verso, um desafio novo,
mas nunca a pressa, só o tempo a fogo.
Quem errava, ria e logo recomeçava,
porque brincar é isso: a alma que dança.
Hoje, nas horas que a vida aperta,
procuro nas mãos essa antiga porta aberta.
E no som das palmas, encontro meu lugar,
nos escravos de Jó, volto a brincar.
20 ago 2025 (12:06)