busco por algo que não vem
um silêncio sem pista
sem vista, sem hora
um vazio sem cor
sem dor, sem melhora
uma alma que anseia por muito
e derrama tua muitez por aí
sem medo de sumir
assumi que a distância nos cai bem
me faz não ser de ti refém
refém desses teus olhos vermelhos
dessa tua boca que fere e cura
sem tua voz nua e tua risada torta
onde, e quando, volto a ser enfim?
quero ser eu,
inteira de mim