Amar o perdido
sempre deixa confundido o meu coração.
E quando eu mesma me perco,
é como se tudo se desfizesse,
até o coração se desfaz em pedaços de silêncio.
Perco as coisas lindas
na espera das findas,
nas orações que se lançam
nesse caminho intenso que é a vida.
A vida que às vezes maltrata,
às vezes confunde,
outras alivia.
Mas sempre permanece um enigma:
o que transcende a dor
não é só consolo,
é também um chamado obscuro,
um eco que me pergunta
quem sou depois da perda?