Raquel Ordones

Emp(h)oderada

Ninguém vê o perrengue que hoje passo.

E faço voadora ninja; além.

Vem o sol; já estou pronta em meu espaço.

Caço a arma amor; é a melhor que tem.

 

Cem boletos; venço-os e não os repasso.

Laço o humor; inda sem nenhum vintém.

Convém que o filho precise de abraço.

Compasso em sua criação também.

 

Sem tempo pra mim; roupa no terraço.

Amordaço a preguiça; e finjo zen.

Quem quer meu lugar? Quase que ameaço.

 

Cansaço?  Só afazeres que vem.

Amém! Dia a dia o caminho traço.

Despedaço-me qual vagão num trem.

 

Raquel Ordones #ordonismo #raqueleie