Te encontrei no silêncio de um dia comum,
como quem tropeça num raio de sol.
Teu sorriso tinha a calma de quem já viveu tempestades,
mas escolheu ser abrigo.
Teu olhar — uma criança correndo livre,
sem medo do mundo, sem pressa de crescer.
E eu, que vivia em tons de cinza,
descobri cores novas só de te ver.
Você me ensinou que amor não é prisão,
é vento que empurra pra frente,
é céu azul depois da chuva,
é abraço que não cobra, só acolhe.
Nos teus gestos simples,
encontrei poesia, no teu jeito torto, encontrei direção.
E mesmo que o tempo tente apagar,
o que é de verdade, fica — como tatuagem no coração.
Se um dia eu me perder de mim,
vou lembrar do teu jeito de me fazer voar.
Porque amar contigo é leve,
é como andar descalço num mundo que vive correndo.