Não sei que o é, seja lá o que for
No colorismo do amor
Me pinto de azul só pra te ver
E cada olhar é um caleidoscópio
Pro sentir isso é quase um ópio
Te quero, manero, espero
Eu faço devagar meu ligeiro querer
Olho pro seus nós, pra sua armadura
Deixe eu desatar, tirar toda a amargura
Tirar suas máscaras, revelar sua dor
Seja passarinho, construa seu ninho
Trago a primavera, te trago cada flor
E se o mundo é pequeno
E as noites são menores ainda
Dentro de mim há casa
E toda a verdade bem-vinda
Tua boca é coisa de se achegar
É coisa de se guardar, se prender
Mas seu beijo é liberdade
Cá meu peito é todo alarde
Consequência que faz chover
E se o desejo for vaidade, sem saber
Quero perder toda a maldade
Aprender a me perder
E debulhar suas memórias
Fazer dos sois boas histórias
Pra contar a lua de você.