Redundância é tipo aquele tio no churrasco,
Que conta a mesma história — com mais detalhe e fiasco.
\"Já falei, mas vou repetir\", diz com orgulho,
Como se o mundo fosse surdo e ele, um oráculo em entulho.
Ela ama pleonasmos, vive de exagero,
\"Subir pra cima\", \"hemorragia de sangue\", sem desespero.
É o GPS da frase perdida,
Mesmo quando a frase já está bem entendida.
No e-mail corporativo, é rainha absoluta:
\"Conforme mencionado anteriormente na minuta...\"
E no discurso político? Ah, é poesia!
\"Vamos avançar pra frente com sabedoria.\"
Redundância não erra — só se multiplica.
É o eco do ego, a vírgula que complica.
Mas no fim, quem somos nós pra julgar?
Se repetir é humano... redundar é poesia disfarçada de precisão.