O Agora
Vem de mansinho,
como brisa que acaricia a manhã,
sem pedir licença,
traz consigo o presente do Universo,
um beijo de amor
para ensinar o simples viver.
No Agora não há pressa,
nem sombra de passado,
nem promessa distante de futuro.
Há apenas o sabor da colheita,
o fruto maduro
que a vontade Divina permitiu nascer.
E quem confia,
entrega o coração sem medo.
Deixa ir a indecisão,
a incompreensão,
a dúvida que pesa.
Entrega, e no entregar descansa.
O Agora nos chama à leveza,
a caminhar em fé,
sabendo que mesmo ao flutuar
há sempre chão que sustenta,
porque o amor eterno
nos acolhe em cada queda,
em cada retorno,
em cada silêncio.
Ah, o Agora...
vem como mestre silencioso,
de tempo em tempo,
e sussurra em meu peito:
— Sou eu, sou eu...
a centelha que te ensina,
mais uma vez,
a ser,
a amar,
a viver.