tem madrugadas que eu nem vivo
apenas durmo o sono dos desmortos
lumbrado, como se o des tivesse caído
noutras, gozo-me já cedo, desde o ocaso
é que eu me embriago com finais de tarde
quando o Sol, com o seu pijama de poente
faz cócegas nas barriguinhas das nuvens
e elas pincelam gargalhadas tão gostosas
que ficam se rindo pela noite adentro
feito estrelinhas no travesseiro do céu
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 14/08/25 –