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Edla Marinho

VERSÃO DE TÉDIO

Sofro de um mal sem remédio
Estranha versão de tédio
Vestido de uma saudade
Cravado na eternidade

Em ais de dor eu confesso
Só às paredes professo
Pois ninguém pode entender
O meu jeito de sofrer

Pode ser que nalgum dia
Em rimas de poesia
Eu já consiga explicar

Como pode alguém sofrer
E de amor quase morrer
Sem mesmo saber amar?