Teus cabelos soltos chicoteiam meu peito,
cada balanço um golpe que incendeia a pele,
tua boca aberta despeja o gemido perfeito,
que me arrasta ao inferno onde o prazer se revele.
Seus seios saltam no compasso da fúria,
duros, molhados, marcando minha visão,
minhas mãos te apertam, te puxam à luxúria,
e tu cavalgas como deusa em invocação.
O estalar das coxas contra mim ressoa,
o quarto treme no ritmo do teu domínio,
cada investida é sentença que me coroa,
me fazendo escravo no mais doce extermínio.
E quando teu grito rasga a noite em estilhaços,
teu corpo arqueia, sagrado e profanado,
me perco em ti, entre espasmos e abraços,
selado no gozo que nos deixa entregado.