Eu me reencontrei depois do caos
me livrei das amarras do vazio.
Corri — mas, desta vez, com esperança,
sem o medo do que viria amanhã,
sem o peso do que já se foi.
Haverá outro de mim depois disso?
Com novos gostos, sonhos, amores…
Pulei de inferno em inferno,
de dor em dor,
até renascer.
Olho nos meus próprios olhos
e vejo um fogo intenso que reacendeu.
Restavam apenas cinzas,
mas voltei como brasa —
voltei para mim, reluzente.
Sim, talvez o que dizem seja real:
a dor despedaça, mata, sufoca…
mas também liberta e revive.
Depois da dor, vem a liberdade.