Temos uma fome tremenda,
Uma fome alucinante,
Não dá paz ao coração,
Não, nenhum instante.
Fome do Deus!
Vós nos criastes e somos seus.
Sim, gememos ansiosos.
Queremos o momento derradeiro,
O que é Verdade, o verdadeiro.
A paz na tempestade,
A alegria sem nenhuma maldade.
O silencioso prado Eterno,
Onde a criança com a vibora,
brinca e ela não lhe pica.
Nosso coração está sedento,
Por tal motivo não aceita alento.
E se parece e assemelha,
Com a imagem do Cristo,
Sofrido na cruz da Igreja.
Sim, olhamos o futuro
Num tal tom soturno,
Como quem tem o cuidado
Pois conhece o fracasso.
Quem conhece as profundezas,
Quem habita a escuridão?
Nas alturas, quem irá
Escalando os Fiordes?
Quem penetra o coração?
Sabe Ele o que se passa.
Soube bem ter compaixão.
Tem ciência do Momento,
É o que é,
O ser do tempo.
A fome da Divina Eucaristia,
Do alimento que sacia,
Luz e doçura do coração.
O que mais pode o homem querer?
Ah, pobre coração sem amor,
Que o nosso queime de ardor,
Fogo, Sarça, Velo que não seca!
Nuvenzinha nos espera,
A espera do Amanhã.
Que não seja morte eterna.
Com um tom obscuro.
Mas com muita compaixão,
Ser agora o bem no mundo,
Transmutar um coração.
Pois a simples conversa,
Com verdade e gravidade,
Engravida um ser de Deus.
Há palavra que edifica,
Muda a história de uma vida,
Do assassino homem bom.
Toda vida é um trajeto,
De Eterno a Eterno;
Que o caminho inda longo,
Cansa quem não tem instrução.
Buscai santa provisão.
Aguardemos a chegada,
Como quem não esmorece,
Em silêncio permanece
Esperando aquele som...
Uma santa melodia,
Bem composta em harmonia...
Lá está o coração.
12 agosto 2025